Esforçam-se para parecerem informais, descontraídos, sem compromisso. Mas aqueles malditos olhos.
Passa a mão na caneca, bebe um gole de café... o assunto vai fluindo, mas ninguém diz o que realmente quer.
Os olhos dela descem até o chão, miram os pés. Aos poucos vai subindo e contemplando cada detalhe, mentalmente... sobe. Para nos lábios, que continuam se movimentando sem parar.
Começam a citar atividades que fazem, faziam, fariam... quando percebem que tocaram no assunto.
Os olhos dela assumem outra postura agora. Sérios, duros frios. Calculando todos os estragos.
Os dele estão ali, ansiosos, exigindo respostas de perguntas que ele nem fez.
Ninguém percebeu, mas naquele momento era o fim.
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